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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fique atento


Albecir, 38, funcionário de uma empresa de prestação de serviços na área de concertos eletrônicos, trabalhava com instalação e reparo de antenas parabólicas. Todos os dias, como de costume, ao chegar no trabalho, sua prancheta já estava preparada com as visitas a serem feitas. Sobre o balcão, após um rápido olhar, sempre percorria os endereços para poder fazer sua rota, a menos que houvesse alguma observação a pedido do próprio cliente, para que o serviço fosse efetuado em determinado horário do dia. Casualmente, na madrugada anterior, houvera uma chuva de granizo e, quando tal fato se dá, além dos telhados das casas, as antenas parabólicas sofrem danos. Com uma carteira de clientes considerável, sua primeira parada naquela manhã foi em uma cidade vizinha.Durante a tarde, foi instruído a verificar um defeito de imagem na casa da família Nunes. Das duas antenas parabólicas, somente uma estava recebendo o sinal. Como de costume, Albecir buscou sua caixa azul de ferramentas e a colocou no porta-malas. Na parte superior do carro, amarrou a escada, daquelas que quando em uso formam a letra “A” maiúscula. Ao chegar a casa, foi recebido pela empregada, a qual o levou até o local onde estavam instaladas as antenas. Ela o lembra que desta vez os cachorros estavam presos. Santa graça, pois ele tinha verdadeira aversão a caninos. Durante o serviço, o senhor Nunes, patriarca da família, aproximou-se sorrateiro e conversou com Albecir: “Capricha aí, meu rapaz”, sorridente. “Deixa comigo, seu Nunes. O senhor sabe que o serviço aqui é de primeira. Assim que eu terminar, vou provar mais uma vez ao senhor!” “Não tenho dúvidas. Por isso sempre chamamos vocês quando precisamos”. Sorridente, permaneceu olhando o rapaz executar seu serviço. Naquele dia, o velho trajava marrom, com cinto da mesma cor e camisa amarela de mangas longas, dobradas até o cotovelo. No braço esquerdo, reluzia um daqueles cebolões antigos, dos que ainda precisavam dar corda, de marca estrangeira. Após pouco mais de uma hora, Albecir conseguiu detectar o problema. Trocou a peça danificada e solicitou à empregada que chamasse o sr. Nunes para conferir o reparo, pois já estava pronto para ir embora. “Vou chamar a sra. Nunes”, disse ela. “Moça, chame o sr. Nunes, por favor”, insistiu. “Prometi que, assim que terminasse, lhe provaria que somos os melhores da cidade”, disse Albecir. A moça, com expressão de espanto, saiu correndo em direção ao interior da casa e voltou com a sra. Nunes. Naquele momento, percebeu um certo ar de espanto nas duas mulheres e insistiu mais uma vez pelo Sr. Nunes. Porém, para sua surpresa, dessa vez, a mulher mais velha lhe diz: “Moço, meu marido faleceu há exatos 30 dias”. Albecir inconformado, afirma que havia falado com o homem no momento que iniciou seu serviço, logo após a moça ter ido ao interior da casa. A senhora Nunes, por sua vez, perguntou sobre o que os dois conversaram. Procurava saber detalhes, especialmente a roupa que o falecido estava vestindo e se Albecir era médium. Para sua surpresa, ele afirmou que não seguia religião alguma e, muito pelo contrário, se dizia ateu. Sobre a vestimenta, para espanto de todos, era exatamente a mesma que o seu marido vestia no dia da sua partida; inclusive seu relógio.O fato que acabo de lhes relatar foi descrito por alguém que conheço e aconteceu aqui mesmo em Joinville. Como explicá-lo? A ciência afirma que todo fato que não se pode repetir, não se pode provar. Entretanto, foi verdade. Mesmo que tenha sido um simples episódio, aconteceu. Às vezes, sem nos dar conta, coisas acontecem ao nosso redor. Pode ser um simples: “Que horas são?”, “Bom dia!” ou até mesmo um pedido de informação sobre o ponto de ônibus mais próximo. Que tal ficarmos mais atentos?

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