Vem dia e vai dia e os acidentes no trânsito continuam aumentando a passos largos. As manchetes de jornais e revistas impressas, os tele-jornais, estão recheadas de acidentes causados, na sua maioria, por motoristas inconsequentes que só pensam no seu próprio nariz. Não é raro vermos, por exemplo, motoqueiros cruzando calçadas, pilotando por sobre o passeio, manobrando na contra-mão, furando sinal, com o intuito de cortar caminho e encurtar distâncias. E não são somente os das duas rodas, não: táxis, vans, ônibus e caminhões, tentam aproveitar à “Lei de Gérson”, a de “levar vantagem em tudo”, e desta forma ganhar tempo.
Na maioria das vezes, onde há imprudência, algum dano físico ou material é o resultado. Os acidentados nos Prontos Socorros aumentam, parecendo até que na mesma proporção do incremento das vendas de veículos no Brasil. São mais carros, motos etc., num mundo cada vez mais estressado, onde as pessoas não se dão por conta que, como o velho chavão afirma, “mais vale perder um minuto na vida, do que a vida em um minuto”. Às vezes, só dez segundos já faz uma grande diferença. Um simples dilema pode ajudar: “quando você estiver com pressa, saia um pouco mais cedo”. Desta forma não há necessidade de rasgar o asfalto como um piloto de Fórmula 1.
Além da imprudência, a responsabilidade anda a solta nas ruas da city. Na semana passada, em plena manhã vi um motoqueiro estacionado na calçada. Inicialmente pensei que estivesse falando ao telefone, porém para minha surpresa, percebi que estava se drogando. Olhei pelo retrovisor e confirmei.
É claro que não se pode generalizar. Nem todos os motoqueiros usam droga. Nem todos são tão irresponsáveis como o que vi. Tenho certeza que aquele era a exceção da regra. Só mesmo um irresponsável (um sem consciência) para manejar um veículo automotor, depois de usar droga. Verdadeiro inconsequente.
Comecei então a fazer um exercício mental sobre a possibilidade dele sofrer um acidente, ou provocar um. Sim, porque a droga provoca desde a sensação de bem estar, de relaxamento a taquicardia. Há também uma forte vontade de rir, porém antagonicamente A este sentimento, advém a angústia, o desespero e a sensação de pânico. A noção de perda de tempo e espaço também faz parte do pacote, somada à letargia (a perda da sensibilidade e dos movimentos). Com todas estas alterações, ou somente uma delas, já é suficiente para que um acontecimento fortuito ocorra. Um simples vacilo e nosso protagonista pode ir ao chão. As consequências são sabidas. Entretanto, o pior ainda pode acontecer: uma pessoa qualquer poder ser alvo da sua arma – a moto. Um idoso, uma criança, ou mesmo um de nós. No caso de uma tragédia fatal, o envolvido pode se incomodar para o resto da sua vida, simplesmente pela irresponsabilidade de um inconsequente, sem falar no sofrimento que irá perdurar na família da vítima.
Está na hora de fazermos nossa campanha de acidentes zero. Por mais que as autoridades façam a sua parte, alertando a comunidade com chamadas educativas e preventivas, os acidentes só irão acabar se, dentro de cada um, ascender à chama de alerta. Vamos sair de casa com o intuito de zerar as estatísticas, de fazer valer o bom senso. Drogas e direção não combinam. Elas, aliás, só combinam com burrice e poucos momentos de euforia, dos quais após seu efeito, aparece a depressão e a angústia. Lugar de irresponsáveis no trânsito não é na rua, é no curral. A vida é tão bela para ser desperdiçada com algumas baforadas, cheiradas ou atitudes irresponsáveis.
Ola!
ResponderExcluirSegue abaixo link da noticia que dá seus primeiros passos a educação do futuro, tanto no aspecto enquanto modalidade EAD, como na formação das crianças e jovens que serão os adultos do amanhã.
http://ead.folhadirigida.com.br/?p=5115
Campinas ministrará curso de Educação de Trânsito a distância